sexta-feira, 28 de agosto de 2009

São dias...

Hoje estou nisto... Só me apetece escrever... As frases atropelam-se-me na mente, que escreve bem mais rapido que as minhas mãos. Muitas ficam por escrever, pois apagam-se-me, como se houvesse um tempo limite para ficarem guardadas na mente. Essa traiçoeira que me engana, que me faz tropeçar em mim mesma... Tenho tempo para escrever, coisa que adoro, que não sou boa a fazer, tal como cantar, canto mal mas adoro cantar... Mas não escrevo para ninguém, é para mim... É uma escrita louca, quase a roçar a demencia, só por mim compreendida, só por mim sentida...
Só isso me importa, que escreva o que me der na real gana...
Não conto estórias, não invento fábulas, não tenho jeito para isso, nem vontade...
Só quero escrever os devaneios da minha mente.
Essa teimosa que não me dá descanço, chega a doer os dedos e os olhos, mas não consigo parar, a mente que me comanda os membros escraviza-me a vontade, e obriga-me a continuar, a escrever uma data de chorrilhos lunáticos sem sentido...
E presa nesta sensação continuo...
E depressa passa...
Demencia de mim...
A loucura que me possui...

Saudades...

Que me queiram, que me sintam falta, que me amem, que gostem de me amar, que me queiram amar...
Saudades de amar, de querer, de sentir saudades de alguem, da loucura da paixão, da sofreguidão do amor, do calor ardente sentido e inflamável ao mais pequeno toque...
Sinto saudades de sentir...
Sinto saudades do que não tenho...
Sinto saudades de mim com saudades...
Sinto saudades de ti com saudades de mim...
Sinto saudades...
Saudosismo das saudades...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E chorei...

É a materialização de certos sentimentos. De saudade, de amor, de raiva, de perda, de alegria, de compaixão, de tristeza... De tristeza, são estas lagrimas de sabor a sal, que me escorrem pela face sem que possa fazer nada, sem que as possa prender, caiem sem que queira, sem que dê por isso. Não vou prendê-las, deixa-las cair... Não as quero presas em mim, lembrando-me sempre porque as tenho... Deixa-las sair e que com elas vá também a tristeza, a agonia, a impotencia. Calaram-me, dispensaram-me, porque tive um momento de abertura, um lapso de sinceridade vinda das minhas entranhas, da profundeza da alma com toda a essência do meu ser, com toda a tristeza que me atormenta, que me magoa. Também preciso de momentos de devaneios da alma, também me posso dar ao luxo de ser só humana com tudo o que isso implica, de bom e mau. Estava na realidade a pedir clemencia, já chega de socos, ja chega de contradizer só para marcar uma posição, já chega de crueldade, estou no limite da força, do aceitamento de más palavras. Só queria sentir que sou significante, só queria sentir que sou tida em conta, só queria um gesto meigo em vez de pontapés... Mas se calhar foi pretenção minha, não valho tanto... Insignificancia de mim...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O meu colega fofinho!

O meu colega fofinho que se chama o nome que a sua mãe mais gostou, teve uma saida ao pé de um cliente digna de postar. Entenda-se q tem 16 anos, anda na escola, sendo o trabalho de verão motivado para a compra da tal moto! Hormonas! Serve à mesa e há 2 dias atrás atendeu um casal com 2 filhos pequeninos. O pai de familia perguntou ao meu colega fofinho que peixe grelhado com poucas espinhas aconselhava para os meninos, ao que o meu solícito colega respondeu: Salmão, o salmão é mto bom!
-Pai de familia: Optimo, os meninos adoram, pode ser!
-Colega solícito: Pois, lamento dizer, mas não temos! Mas se tivessemos era o melhor!
Ai meu Deus! E depois veio logo muito contente, contar-me isto e acrescentou: -Diz lá se eu não sei vender peixe?
-Digo eu: Xanax! Alguém tem!
Muito fofinho mesmo...!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Wrong way...again!

Será atracção pelo desconhecido? Ou pelo proibido? Ou ainda pelo impossível?
Será que me atrai por me dar luta? Será que dá luta? E lutar porquê?
E contra alguém, por alguém, ou com alguém? Por nada disto. Luto sozinha, mesmo sem adversário ou elemento de equipa. E porquê...? Porque é que volto a fazer o mesmo? Parece que vejo um padrão, qual psicopata que faz sempre da mesma maneira... Quero o quê? Repetir a história? Ou esperar que possa mudar o trágico fim usando o mesmo começo? Será para mudar o actor mas dando-lhe o mesmo argumento para representar e esperar uma actuação diferente? Mais ao meu jeito, mais do meu agrado... Ou que pelo menos me possa ressuscitar das cinzas... Será isso que busco incessantemente? Será que me procuro, quando já me perdi à tanto tempo...? Será que ainda vou a tempo de me salvar? E se me salvar? Será que vou querer? Pois isso implicaria ter vontade de sonhar outra vez... E os sonhos são tão impossiveis. Por isso é que se chamam sonhos, não se vêem, não se agarram, não se materializam. São volateis, não matéria. Será por isso que fujo de mim? E penso que é dos outros... Eu não sei dizer...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Manter as aparências!

Será que mostramos mesmo o que somos? Será que nos contemos por viver em sociedade (consumista e elitista) ? Os nativos, por ex, esses sim, são genuínos! Não usam roupa porque não gostam e não estão preocupados com o que os outros pensam; comem com as mãos e sorvem o sumo das frutas que lhes deslizam pelo braço; metem os dedos no nariz para se livrarem de intrusos indesejáveis e que só dificultam a respiração, sem preconceitos nem acanhos; fazem o amor uns com os outros sem serem apelidados de promiscuos, e são só algumas condutas que me lembro assim de momento! Contudo respeitam-se uns aos outros, têm um líder e regras, vivem em sociedade tal como nós, são organizados, honestos e decentes, e, aposto, muito mais genuínos que nós! Mais felizes, pois não andam a olhar sobre o ombro, não são criticados nem rotulados pelo que vestem, fazem ou comem! E nós? Os ditos civilizados? Seremos mesmo civilizados? Ou seremos todos uns falsos e oprimidos? Quem será livre? Quem será louco e dissimulado? Eu sou dissimulada!! Detesto usar roupa interior, que me aperta, que me incomoda, e, aposto, que só esta frase me vale já um rol de recriminações do tipo: que horror, sem roupa interior, que nojice, (nunca entendi porquê nojice, se ando sempre lavadinha?), mas calma, eu uso roupa interior, eu disse que era dissimulada! Detesto, mas uso! E a moda? Lá vem o consumismo e a elite! Ai de quem andar com o vestidinho de há 2 verões atrás, demodé, completamente! Eu sair com ela para a night, no way, vai envergonhar-me!!!! Calma outra vez, sou dissimulada e consumista confessa, mas de elitista ainda não tenho nada! Mas há muito boa gente assim. Sim, eu disse boa gente, porque essa gente é que tem um lugar na dita sociedade muito in! E os nossos líderes? Honestos, decentes? Nem vale a pena comentar, certo? Regras e leis, só para os outros! Em suma, somos todos hipócritas ao mais alto nível! Quem é que nunca gozou com o condutor do lado por estar a "limpar a sala" na fila do transito? E quem é que nunca "limpou a sala" enquanto conduzia? Quem é que não gosta de apanhar o doce sumo do belo e suculento pêssego que escorre pelo braço? Sejamos realistas e acima de tudo verdadeiros, amigos! Nós vivemos em função dos outros e somos uns seres estupidamente civilizados e escravizados pela sociedade! Não se iludam!!! São só aparências!!!