quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Serei só eu a sentir?

Ou também sentes...?
Ou será que é tudo fruto da minha fragilizada e carente imaginação...?

Chega!

Por medo, perdemos
Perdemos momentos únicos

Momentos que nascem entre nós
E que entre nós morrem
Com medo de errar
Não acertamos
Não ganhamos
Perdemos
Fica o beijo por beijar
O toque por tocar
O sentido por sentir
Fica o desejo culposo
Como se fosse errado desejar
Como se fosse proibido viver
E disfrutar o sabor de beijar
Perdemos
Não ganhamos
Não ganhamos momentos
Que num momento se arrependeu de dar
Até quando esta prisão...?
Até quando este negar de sensações...?
Haverá algo mais puro que o sentir?
Sentir vida
Sentir o corpo latejar
O sangue a correr
Sentir o toque tão leve
Da tua pele na minha
Sentir que me sentes
Sem medo de me sentir
Perdemos tanto sentir, com medo
Deixamos de ganhar por estarmos presos a nada
Que tanto nos impede de sermos livres
Que tanto nos impede de sentir
Grito mudo da minha alma
Para quebrar o silencio ensurdecedor
Para dar luz à escuridão do teu querer
Para eu própria sair da sombra que me esconde
Não quero ter medo
Quero viver
Quero dar
Quero receber
Quero ser eu
Sem fingir que não quero
Sem fingir que não sinto
Chega!!
Chega de me travar
Só porque me magoei
Chega de dormência da alma
Chega de andar ao sabor dos outro
Eu tenho Sabor e Saber e Vontades
Não há nada que me impeça isso
Não há passado que possa continuar a prender-me
Chega de viver fechada em mim
Chega de fugir dos outros como se me fizessem mal
CHEGA!
Tenho saudades minhas
Chega!
Não me vou privar mais de mim...