terça-feira, 22 de setembro de 2009

O céu é o limite...

Que nunca ninguém te corte as asas
Estreite os teus horizontes
E apague as estrelas do teu céu
Não deixes nunca que o teu medo
Seja maior que a tua vontade de voar
Os melhores vôos são aqueles que nos acordam por dentro...

Voar...!


Ver-te voar foi libertador para mim
Mesmo estando com os pés na terra
Ver-te feliz e livre
A fazer o que adoras
Com o vento na cara
Mais perto do céu
Mais perto das asas que o cruzam
Ver-te lá em cima tão pequeno em tamanho
Mas tão grande e poderoso
Ao mesmo tempo fragil e vulneravel
Vi-te desaparecer no horizonte
Cada vez mais pequeno
Cada vez mais longe
É assim que te sinto

Nunca vou chegar aí
Por mais alto que eu voe
Por mais perto que esteja de ti
Por mais que te toque
Nunca te vou tocar por dentro
Está mais longe que a lua
Mais fechado que o céu
Como eu gostaria de voar aí dentro
Ser o sol e a lua da tua orientação
Ter-te tão perto
Tão junto
Que te amparasse
Que te fizesse voar comigo
Que exorcisasse todos os fantasmas que te assombram
Queria embalar-te
Queria dar-te serenidade
Queria que a voar me encontrasses
E que voássemos...

Insónia...

Mais uma noite, daquelas, em que ando ás voltas e não consigo dormir...
Liguei a tv e no meio do "zapping" fui parar a um filme que até já tinha visto.
"Love actualy", ou se preferirem em português, "O Amor acontece".
Estava mesmo no inicio e fiquei a ver. Uma comédia romântica em noite de insónia é sempre bem vinda, distrai e nem é preciso pensar para ver. Pensei eu...!
Acabei o filme a chorar! Acham normal? Um filme sobre o amor, alegre e divertido, e eu, acabo a chorar.
É que nem sequer é um filme triste. Todas as personagens no filme são brindadas com o amor. Todas mesmo. Desde o idoso até ao menino de 11 anos! E eu a chorar. Mas de tristeza. Chorei muito de tristeza. Eu sei que é só um filme e é suposto ser assim, tipo conto de fadas. Sei que na vida real não é bem assim, e como eu bem sei que não é assim. Fiquei deprimida, aliás, estou deprimida. E sem sono. E a cabeça deu agora provas de que está viva, começou-me a doer. Vim escrever, para me livrar de alguns pensamentos e sentimentos menos próprios sobre mim. Sim, não sabiam? Eu sou a minha pior inimiga! Desconsidero-me tão bem como qualquer outra pessoa. Aquelas, que não têm qualquer consideração por mim... Não sei, talvez achem que sou desprovida de sentimentos, talvez achem que sou feita de pedra, e logo, não preciso de atenção, não preciso de uma mão quente sobre a minha, em forma de gesto protector, ou de carinho. Talvez achem que sou nada. E se calhar para elas até sou nada. Mas eu gostaria de ser tudo. Fogo! O que um filme faz! Ou melhor, o que o meu estado faz ao ver um filme deste tipo. Acho que me vou cingir às noticias sensionalistas. Não me deixam feliz, aliás, quem estiver com uma depressão, a seguir às noticias corta os pulsos ou deixa cair o secador dentro da banheira, (eu sei, vejo muitos filmes!),mas pelo menos não fico a pensar que mal terei eu, para não ter o privilégio de viver uma história de amor com um final feliz! Mais patética que isto, é impossível...! Vou tentar dormir, antes que confesse coisas que não devo!