terça-feira, 22 de setembro de 2009

Voar...!


Ver-te voar foi libertador para mim
Mesmo estando com os pés na terra
Ver-te feliz e livre
A fazer o que adoras
Com o vento na cara
Mais perto do céu
Mais perto das asas que o cruzam
Ver-te lá em cima tão pequeno em tamanho
Mas tão grande e poderoso
Ao mesmo tempo fragil e vulneravel
Vi-te desaparecer no horizonte
Cada vez mais pequeno
Cada vez mais longe
É assim que te sinto

Nunca vou chegar aí
Por mais alto que eu voe
Por mais perto que esteja de ti
Por mais que te toque
Nunca te vou tocar por dentro
Está mais longe que a lua
Mais fechado que o céu
Como eu gostaria de voar aí dentro
Ser o sol e a lua da tua orientação
Ter-te tão perto
Tão junto
Que te amparasse
Que te fizesse voar comigo
Que exorcisasse todos os fantasmas que te assombram
Queria embalar-te
Queria dar-te serenidade
Queria que a voar me encontrasses
E que voássemos...

2 comentários:

  1. Bonito poema este!
    Faz-nos voar pelos céus dentro, sentir grandezas desconhecidas, tocar de perto o sol e a lua...
    Previlégio do poeta que percorre lugares infinitos, fala com o vento e as estrelas e, fechando os olhos, desfaz-se das vestes que aprisionam e faz-se Deus a compôr...
    Este "voar" voou... e fez voar...

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  2. Obrigada Amaral! Também voei, e bem alto, tão alto que não queria aterrar... Mandei-te um beijo, com imenso carinho, a voar...! Obrigada por existires!

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