sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Achava que não...

Achava que não tinha expectativas
Achava que te seria imune
Inatingível por ti
Achava que vivia na minha fortaleza
Impenetrável por ti
Achava-me incapaz de voltar a sentir
Achava que nudez da alma nunca mais
Achava que não iria vacilar
Certa da certeza de não querer
Achava que não existias dentro de mim
Sabia que eras proibido
Qual maçã de Eva
Enganei-me...
Um dia acordei e vi-te, senti-te
E aí
Achei que não me magoarias
Achei que me cuidarias com cuidado
Achei que te entregarias a mim, por mim
Achei que desnudasses a alma
Achei que estarias certo da certeza de me querer
Achei que farias parte da minha fortaleza
Achei que me sentirias aí dentro
Achei que pudesse ser assim
Mesmo só a fingir
Mesmo só para nós
Enganei-me outra vez...
E voltei a sentir
Voltei à realidade da dor
Voltei à realidade do desprezo
Da insignificancia de mim
Ódio que me possui
Ódio de mim
Ódio por ter acordado e ter-te visto...

3 comentários:

  1. O teu caminho ainda é longo, a perder de vista...
    É ainda grande e grandioso. Contém (ainda) tudo o que um dia desejaste. Dispõe (ainda e sempre) de múltiplos momentos, uns mais felizes do que outros...
    O universo tem tudo escancarado à tua frente. Apenas terás que te disponibilizar e abrir os braços àquilo que são os teus mais íntimos anseios.
    Por isso, não digas que não queres, que não és capaz, que não és digna, que tens medo, que não vale a pena.
    És e serás exactamente Aquilo que decidires ser!
    Não estás enganada! Estou apenas a lembrar-te que esta vida que "aqui" vives é mesmo a fingir. Mas tens que "fingir" com toda a verdade, com a tua verdade, buscando e retirando dela tudo o que te vai engrandecer ainda mais...
    Sente. Acredita. Entrega-te. Disfruta. Diverte-te. Ama.
    À tua frente, porventura, o universo estará a mostrar-te o quanto podes ser feliz...

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  2. Sabes Anónimo, tenho esperança que com a chegada da idade da ternura, os 40 anos, poosa encontrar alguém com a maturidade suficiente para saber que brincar com os sentimentos alheios é perigoso e doloroso, e que tenha também a certeza do querer. É coisa que me tenho deparado nestes anos, os homens não estão certos do seu querer, e o que hoje é verdade, amanhã já é só um estado de espirito fugaz... Por isso cada vez mais me fecho na minha conchinha, e quando tento sair tenho medo das adversidades e maldades que me esperam...

    Uma pergunta para ti, Anónimo:
    - És Anónimo ou Anónima?
    Satisfaz a minha curiosidade, está bem...?
    Obrigada pela tua presença e dedicação!

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  3. Tenho um blogue também e é possível que um dia o encontres...
    Por enquanto sou um anónimo que procurará visitar-te e transmitir-te a mensagem em que acredito.

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