Penúltimo dia do ano, e olho à minha volta e faço um rewind...
Constato que nada mudou, nada de grandioso aconteceu.
Sinto-me tão infeliz como no ano passado pela mesma altura.
Com o mesmo sentimento de solidão, de abandono pela vida.
Chuva. Choveu tanto hoje.
Como que em jeito de solidariedade, por mim.
Tristeza q em mim vive.
Lágrimas que me inundam o casaco já molhado, depois da rendição à tempestade.
Trovoada, como que para me acordar do transe em que me encontro.
Hipnotizada pela tristeza das palavras.
E o cursor pisca, silenciado à força, pela mente que viaja pelo tempo à procura de um momento pleno de felicidade.
Mas não quero o passado, quero o presente com o conforto da certeza do futuro.
Sinto a vida em "pause". Em "stand still".
Como que parada no tempo, onde tudo à minha volta se mexe, se vive, se evolui e progride, mas eu, eu só vejo passar.
Como que um leitor que lê a estória dos outros.
Não me mexo, não me atrevo.
E fico na mesma.
Que o novo ano me traga mais alento, mais...
(Por força do trabalho, deixei este post a meio e, só hoje, já outro ano, lhe peguei... Considerei em apagá-lo, mas não consegui. Não quis apagar aquilo que estava a sentir no momento. É já passado, eu sei, mas ainda assim decidi posta-lo na mesma!)
Cecília,
ResponderEliminarli o seu blogue e não consigo pensar sem ser elogios a dar-lhe (se é que será dar-lhe alguma coisa)!Parabéns!
Parabéns e obrigada! Obrigada por dar este bocadinho de si ao mundo! Afinal, refilamos de tanta coisa e há lugares interiores tão bonitos para conhecer! Parabéns pelo seu "lugar"! Desejo-lhe o melhor!
Deixa-me dizer-te o seguinte: é impossível que nada mude, porque tudo muda, porque tudo está em movimento.
ResponderEliminarO teu ego estará a dizer-te que nada de grandioso aconteceu, que te sentes infeliz, que te sentes só, triste, em "stand still"...
É a tua mente a falar mais alto, porque quer "dar-te as ordens", ser patrão da tua consciência e da tua realidade.
Mas não é ela que comanda. É a tua alma, aquela "parte de ti" que tudo sabe e que pode, quando menos esperares, inverter o teu comportamento e a perspectiva que tens sobre a vida e sobre ti mesma.
Tenho a certeza que não estás "parada no tempo". Longe disso! Nem és a mesma de ontem nem serás, amanhã, o que foste ainda há bocado.
A Vida não pára e tu "fazes parte" Dela.
Portanto, não te preocupes. Basta estares atenta e "criares" a próxima versão de ti que mais desejares.
Vanessa, Obrigada pelas palavras de força e bem animadoras! Só no ano passado tive coragem de tornar publico a minha demente escrita, e chego até, por vezes, ficar envergonhada e incrédula com o que escrevo. Devo precisar de tratamento! Não consigo encontrar o seu blog, estou farta de tentar e nada, e para cúmulo perdi os vossos nrs de telefone... Se algum dia voltar a passar por aqui diga qualquer coisa, pf! Desejo-lhes o melhor também! Beijinhos para todas, que entraram e ficaram no meu coraçãozinho!
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